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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quedas em Idosos



Pela primeira vez, desde 2001, as Sociedades Americana e Inglesa de Geriatria atualizaram suas diretrizes para prevenção de quedas de idosos. A atualização inclui duas mudanças principais: a primeira recomenda a prática do tai chi chuan – arte marcial chinesa, que também é reconhecida como uma forma de meditação em movimento – como uma forma eficaz de prevenção de quedas. A segunda sugere que os médicos que atendem pacientes idosos devem fazer uma listagem completa dos medicamentos utilizados por estes pacientes, visando reduzir o consumo das drogas que aumentem o risco de cair.
As diretrizes anteriores destas entidades não citavam nenhum tipo de exercício específico e recomendavam a revisão da prescrição de remédios somente para pacientes que tomavam mais de quatro medicamentos. “Mas com o aumento crescente da população idosa é preciso que as sociedades médicas sejam muito mais claras em relação às suas recomendações para prevenção de quedas em idosos, pois as fraturas decorrentes da osteoporose oneram os sistemas de saúde, no mundo todo”, destaca o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
Uma pesquisa apresentada durante o Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrose (ECCEO 2011) por estudiosos do Reino Unido e da Suécia estima que o “peso econômico das fraturas” em cinco grandes países europeus – França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido – totalize 31.000 bilhões de euros. A Alemanha apresenta os custos mais altos: 9,37 bilhões de euros, seguida pela Itália: 6,7 bilhões, e logo depois pelo Reino Unido: 5,1 bilhões.
A maior parte deste ônus econômico relaciona-se com os custos durante o primeiro ano de tratamento após a fratura, enquanto prevenção e gestão do tratamento farmacológico constituem apenas uma parte marginal do custo econômico total. Ainda segundo os pesquisadores europeus, as fraturas de quadril contribuíram para 56% dos custos globais, as fraturas vertebrais 5%. 2% são resultado das fraturas de pulso e um grupo combinado de “outras fraturas” representam 37% do contingente.
“Como as fraturas implicam em dor e incapacidade, muitas vezes, elas representam um grave impacto sobre a qualidade de vida dos idosos. A prevenção de fraturas, por meio da avaliação de risco e da identificação precoce de pessoas que necessitam de tratamento para osteopenia e osteoporose é fundamental para reduzir os custos para os sistemas nacionais de saúde em todo o mundo”, explica o reumatologista.
Importância das novas diretrizes
O exercício físico é essencial na terceira idade. E o tai chi chuan está sendo recomendado porque vários estudos têm sugerido que esta prática – que envolve pequenos movimentos lentos e controlados – parece reduzir o risco de queda por melhorar o equilíbrio corporal. A prática do tai chi chuan reforça também a confiança dos idosos, pré-requisito importante para prevenção de quedas. “O medo de cair pode levar as pessoas idosas a reduzirem a prática das atividades de que gostavam. E quanto menos exercícios, menor a capacidade real de executá-los”, diz o diretor do Iredo.
Além, do tai chi chuan, os exercícios de carga são efetivos para manter ou aumentar a densidade mineral óssea na coluna lombar e no quadril, prevenindo quedas. “Caminhadas, exercícios aeróbicos de pequeno e médio impacto e de resistência, quando tolerados, também desempenham papel importante para o paciente que sofre com osteoporose”, diz o reumatologista Sérgio Lanzotti.
Exercícios regulares também aumentam a massa e a força muscular, melhoram a coordenação e o equilíbrio e têm sido responsáveis pela redução em 25% do risco de quedas em idosos. Os exercícios que não utilizam a força da gravidade como os realizados na água – hidroginástica e natação – apesar de muito bons para o condicionamento físico e cardiovascular não são eficazes para a prevenção e o tratamento da osteoporose.
Controle de medicamentos
Quanto à segunda recomendação, desta vez, as entidades médicas defendem que todos os pacientes idosos devem ter seus medicamentos revistos pelos profissionais que os acompanham, visando a diminuição dos riscos de cair. “A evidência mais forte para tal recomendação é que os medicamentos que afetam o cérebro – antidepressivos, medicamentos para dormir e medicamentos para a ansiedade – aumentam o risco de cair”, explica o diretor do Iredo.
As novas diretrizes médicas também fazem distinção entre uma queda que requer intervenção médica e um incidente isolado. Os sinais de alerta para a equipe médica são:
  • Paciente idoso preocupado ou assustado por uma queda;
  • Duas ou mais quedas no ano anterior;
  • Uma ou mais quedas com lesão;
  • Repetidas dificuldades e falta de equilíbrio ao caminhar.