Pense nisso !!!!

O que você faz pode desaparecer . O que você é permanece vivo porque transforma os outros . (Jonhn C. Marxwell )



Com a força do nosso amor e da nossa vontade , nós poderemos mudar o nosso destino e o destino de muita gente. (Paulo Coelho )

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Crescem denúncias de crimes contra idosos em Minas Gerais


Foto: Divulgação
Clique para AMPLIAR
Crimes mais denunciados foram cometidos pelos familiares

O Disque Direitos Humanos (0800 031 1119) recebeu 828 denúncias de crimes contra idosos nos primeiros oito meses deste ano. O número é 14% superior ao alcançado no mesmo período de 2010, quando 725 pessoas recorreram ao serviço para relatar crimes contra idosos. O serviço, gratuito e sigiloso, recebe denúncias de todo o Estado e também presta orientações sobre assuntos relacionados às violações dos direitos humanos.
O balanço aponta para uma realidade: das 828 ligações, 344 foram para denunciar crimes cometidos pelos próprios familiares, o que representa 41% do total. Outra violação denunciada e que tem ligação com a família é o abandono, que aparece em segundo lugar na lista de crimes mais denunciados.
Para o presidente do Conselho Estadual do Idoso, Felipe Willer, a falta de uma cultura do envelhecimento contribui diretamente para o aumento da violência familiar contra os idosos. Ele lembra que os idosos e a sociedade em geral precisam ter conhecimento sobre seus direitos, para que possam ser exercidos.“Quanto maior a divulgação dos direitos, mais a sociedade se indigna e, dessa forma, aumenta, por consequência, o número de denúncias”, ressalta.
Além de maus-tratos familiares e abandono, a lesão financeira, maus-tratos de terceiros e abandono material completam a lista de violações denunciadas contra pessoas da ‘melhor idade’. “A questão do idoso está sempre presente e a tendência é que o número de denúncias seja sempre elevado”, observa o coordenador do Disque Direitos Humanos, Jorge Noronha, que cita o acesso ao que prevê o Estatuto do Idoso como ferramenta importante nesse processo.
Violência invisível
Além dos crimes denunciados por meio do Disque Direitos Humanos, Willer relata outro tipo de violência cometida contra os idosos e que é muito difícil de ser identificada. “A violência psicológica é uma realidade que acontece todos os dias dentro dos ônibus, nas filas de bancos e dentro das próprias famílias, mas é de difícil identificação e, por isso, praticamente não é denunciado”, explica.
Propostas
Nos dias 22 e 23 de agosto, representantes de vários municípios mineiros participaram, em Belo Horizonte, da 3ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa. Mais de 40 propostas para garantir os direitos das pessoas idosas foram aprovadas e serão apresentadas no encontro nacional, a ser realizado entre os dias 23 e 25 de novembro, em Brasília.
“Foram aprovadas propostas de alto nível. No âmbito nacional, podemos destacar a implantação de Centro-Dia, local onde os familiares podem deixar o idoso durante o dia, para que eles possam trabalhar e realizar outras atividades; e a redução da idade de 65 para 60 anos, para a gratuidade do transporte e recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Já na esfera estadual, também foram aprovadas propostas que muito beneficiarão a pessoa idosa, como a criação do Fundo Estadual e a regulamentação do transporte intermunicipal”, exemplificou Willer..
 Fonte : Agência Minas


 

Treinamento simula em jovens sensação de ser da 'terceira idade'

Treze jovens que trabalham com supermercados vestiram luvas para perder o tato, óculos para enxergar menos e faixas para sentir o que é uma artrite.

Trabalhadores do setor de supermercados tiveram nesta quarta-feira (14) em São Paulo uma experiência que provavelmente não vão esquecer nunca mais.
Hoje não são os velhinhos que reclamam. “Estou sentindo como se estivesse carregando alguma coisa, me arrastando”, conta Priscila. “Está tudo embaçado”, relata Natália.
Marcelo perdeu a sensibilidade nas mãos. “Fica formigando”, diz. Treze jovens que trabalham com supermercados se submeteram a um treinamento novo no Brasil. Vestiram luvas para perder o tato, óculos para enxergar menos, faixas para sentir o que é uma artrite e até botaram milho nos sapatos para saber como é difícil ser idoso em um supermercado.
Esse tipo de treinamento surgiu nos Estados Unidos quando grandes hospitais geriátricos perceberam que seus funcionários e principalmente enfermeiros tinham que se colocar na pele dos idosos para melhorar o atendimento a eles. Isso foi nos anos 1980, quando acontecia por lá um fenômeno que agora acontece no Brasil.
Nos últimos anos a parcela de idosos saltou de 7,3% da população brasileira para 10,8%. Se as projeções se confirmarem, em 2030 esse percentual passa de 18%. E se vão consumir cada vez mais, os supermercados têm que mudar.
“Piso antiderrapante, uma iluminação melhor para leitura, carrinhos com banquinhos para pessoa poder descansar”, lista Camila Bergman, responsável pelo projeto.
Também ajudaria se os produtos não ficassem tão lá embaixo. Se bem que a aposentada Teresa Martins tem uma técnica especial que dá um baile nos supermercados. “Eu me abaixo como deve, eu dobro os joelhos. Para isso faço ginástica para a terceira idade, porque eu já estou na quarta”, brinca.

Fonte : Site da Globo.com