Pense nisso !!!!

O que você faz pode desaparecer . O que você é permanece vivo porque transforma os outros . (Jonhn C. Marxwell )



Com a força do nosso amor e da nossa vontade , nós poderemos mudar o nosso destino e o destino de muita gente. (Paulo Coelho )

sexta-feira, 29 de julho de 2011

ANS se posiciona em relação aos planos de saúde que evitam idosos


A comercialização de planos privados de assistência à saúde não pode desestimular, impedir ou dificultar o acesso ou ingresso de beneficiários em razão da idade, condição de saúde ou por portar deficiência. 29/07/2011 - por portal na categoria 'Saúde-Doença'

O tratamento discriminatório ao idoso dado pelos planos de saúde foi amplamente divulgado na mídia no final de julho, exigindo muita atenção por parte dos consumidores, e servindo também de alerta para as autoridades, afinal, os convênios não podem dificultar – como o vem fazendo – a adesão de clientes idosos.
A explicação dada pela reportagem do jornal Folha de S.Paulo no dia 25 de julho, foi bem clara: Os convênios dificultam a adesão porque o Estatuto do Idoso impede que planos individuais sejam reajustados por faixa etária depois que o usuário completa 59 anos. Como, por lei, as empresas não podem se recusar a aceitar idosos, a tática tem sido dificultar a adesão deles".
Para comprovar, a reportagem foi a campo. Contatou 10 corretores, dizendo que queria contratar um plano para uma idosa de 67 anos. A resposta obtida foi uma só: "Todos disseram que não poderiam vender planos da Amil, Medial, Dix, Unimed Paulistana e Intermédica, as maiores operadoras de São Paulo para planos individuais. Três disseram que não os vendem porque não têm comissão nesses casos". Esta prática, embora comum, é, segundo representantes do Procon, irregular.

ANS: Súmula normativa n. 19, de 28 de julho de 2011

Em razão desse tratamento discriminatório, a Agência Nacional de Saúde Suplementar emitiu uma nota assinada por Mauricio Ceschin, diretor-presidente, a qual reproduzimos a seguir, a fim de que nossos leitores a conheçam e possam exigir seus direitos:
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, em vista do que dispõem o artigo 3º e os incisos II, XXIV e XXVIII do artigo 4º, cumulados com o inciso II do artigo 10, todos da Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000; em conformidade com o disposto no inciso III do artigo 6º e no inciso III do artigo 86, ambos da Resolução Normativa - RN n° 197, de 16 de julho de 2009;
Considerando a finalidade da ANS de promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde;
Considerando a vedação ao tratamento discriminatório ao idoso, previsto no caput do art. 4º do Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003; e ao portador de deficiência física, conforme a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989;
Considerando as recentes denúncias sobre a prática adotada por algumas operadoras privadas de assistência à saúde de saúde no sentido da ausência de pagamento de corretagem ou comissão na
venda de planos privados de assistência à saúde para idosos com o claro propósito de desestimular a comercialização e, por conseguinte, o acesso destes consumidores a planos privados de assistência à saúde;
Considerando que em razão da idade ou da condição de pessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedido de participar de planos privados de assistência à saúde, nos termos do art.
14 da Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998; e
Considerando que o impedimento ou restrição à participação de consumidor em plano privado de assistência à saúde consiste em infração à legislação dos planos privados de assistência à saúde,
prevista no art. 62 da Resolução Normativa - RN nº 124, de 30 de março de 2006, resolve adotar o seguinte entendimento vinculativo:
1 - A comercialização de planos privados de assistência à saúde por parte das operadoras, tanto na venda direta, quanto na mediada por terceiros, não pode desestimular, impedir ou dificultar o
acesso ou ingresso de beneficiários em razão da idade, condição de saúde ou por portar deficiência, inclusive com a adoção de práticas ou políticas de comercialização restritivas direcionadas a estes consumidores;
2 - Os locais de comercialização ou venda de planos privados de assistência à saúde por terceiros devem estar aptos a atender a todos os potenciais consumidores (ou beneficiários) que desejem
aderir, sem qualquer tipo de restrição em razão da idade, condição de saúde ou por portar deficiência; e
3 - A prática de ato em desacordo ao presente entendimento vinculativo caracteriza infração ao disposto no art. 62 da Resolução Normativa - RN nº 124, de 30 de março de 2006.
Reclamações
Para reclamar, ligue para a ANS: 0800-701-9656
www.ans.gov.br

Prefeitura e Conselho do Idoso realizam II Conferência Municipal do Idoso

Fonte :  Site da prefeitura municipal de Teófilo Otoni
 
A Prefeitura de Teófilo Otôni, por meio da Secretaria de Assistência Social e Habitação, e o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa realizaram nesta quarta-feira (27), a II Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa , na quadra da FENORD.
O tema proposto pelo Conselho Nacional dos Direitos do Idoso em 2011 foi “O compromisso de todos por um envelhecimento digno”. O objetivo foi promover uma ampla reflexão, definir as propostas a serem encaminhadas, discutir outros temas de interesse da população idosa do Estado de Minas Gerais e eleger delegados que participarão da III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.



Diversas pessoas participaram da conferência realizada na quadra da Fenord

A diretora do Conselho Municipal do Idoso, Edna Chaves, disse que é preciso reconhecer que o idoso é um cidadão que tem direitos, e que ele mesmo pode e deve lutar por eles. “Os idosos precisam se organizar para mobilizar a sociedade para suas idéias, influenciar a agenda do governo e indicar as suas prioridades” – afirmou.



A diretora do Conselho Municipal do Idoso, Edna Chaves

A médica especialista em Geriatria, Ana Flávia Ribeiro, falou da importância da conferência para a população idosa. “Este é mais um marco na consolidação das questões relacionadas com o idoso. No Conselho Municipal do Idoso, do qual tenho participado, nós estamos tentando com conferências, fóruns e cursos conscientizar a população teofilotonense quanto às questões relacionadas ao idoso, e colocar isto na pauta do dia, seja nas escolas, seja dentro da nossa sociedade como um todo” – ressaltou.

Em discurso, o secretário de Indústria e Comércio, Bruno Balarini, falou do projeto “Mais Útil”, do pacote “Mais Mucuri”, que visa ao incentivo fiscal para empresas prestadoras de serviço que tiverem no seu quadro de trabalho 20% de idosos. “O objetivo e inserir o idoso no mercado de trabalho, compreendendo que ele já é um profissional experimentando, tem um caminho maior de trabalho, tem mais a contribuir, mais experiência; enfim, ele é mais útil no mercado de trabalho” – asseverou. E concluiu que a realidade do idoso muitas das vezes é de sustentar a família; a aposentadoria não dá, e ele tem que manter os filhos e os netos.
O vice-prefeito Antônio Walter do Amaral ressaltou a importância da participação de muitos idosos nesta conferência: “São os idosos que devem discutir e apresentar propostas para políticas voltadas para eles. Aqui, vejo vários idosos, representantes de entidades; estão todos de parabéns por virem buscar seus direitos e saber dos deveres também.”



O vice-prefeito Antônio Walter ressaltou a importância da participação dos idosos na conferência

A prefeita Maria José encerrou a primeira parte da conferência pela manhã, e disse ao público que este é um ato democrático, que deve propor avanços para a consolidação das políticas públicas e a conquista do envelhecimento com dignidade em no país.

A prefeita Maria José frisou a necessidade de ampliação das políticas públicas para os idosos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Conferência Municipal do Idoso de Teófilo Otoni 2011

Hoje foi realizada na quadra da FENORD a Conferência Municipal do Idoso 2011.  Segue abaixo fotos deste evento que é mais um marco na consolidação das políticas pública voltadas para o idoso em nossa cidade.

















terça-feira, 26 de julho de 2011

26 de julho

Por que a avó faz tão bem para as crianças

Os benefícios de viver com ela por perto já foram até comprovados cientificamente. Veja dicas para a convivência se tornar ainda mais prazerosa

Por Angélica Oliveira
Fonte revista crescer

  shutterstock
Que elas tornam a vida dos netos mais doce, todo mundo sabe. Isso já foi até comprovado cientificamente. E assim ganharam até um dia próprio: o Dia da Avó, comemorado em 26 de julho.
"Não tem um dia em que minha filha não pergunte pela avó”, conta Janaína Teixeira, mãe de Joana de 2 anos e 10 meses. Essa cumplicidade entre crianças e avós vem de outras gerações: a menina recebeu o nome em homenagem a bisavó, personagem fundamental na vida de Janaína. “Às vezes, meu marido quer implicar com a minha mãe por ela fazer todos os mimos da Joana", diz. "É que ele não teve avós presentes na infância, por isso não sabe a importância que eles têm” comenta.
Para a psicóloga e psicoterapeuta Lídia Rosenberg Aratangy o papel desempenhado pela avó, e também pelo avô, é determinante no desenvolvimento da criança como um indivíduo consciente de si mesmo. “Os avós são os únicos depositários da história dos pais. Eles carregam e transmitem a história da família. E nós sabemos que para ter equilíbrio emocional, você deve saber quem é, de onde veio e para onde vai. Os avós personificam essas orientações”, ressalta a especialista.
A autora do Livro dos Avós. Na casa dos avós é sempre domingo? destaca ainda que é na relação com os avós que as crianças aprendem a lidar com os mais velhos, se preparando para uma futura relação com os próprios pais, que também irão envelhecer. “As crianças levam essa lição para a vida toda” conclui.

Dicas para uma boa convivência

As diferenças de geração entre pais e filhos naturalmente se transferem para a relação entre avós e pais. Mas o respeito deve ser a base de todas as resoluções - e ele é conquistado com base no diálogo e na aceitação. “A mãe precisa aceitar a sabedoria e autoridade da avó, assim como essa deve respeitar o papel da mãe”, explica Lídia. Veja algumas dicas para essa convivência se tornar mais prazerosa ainda.
- Tratar a avó como babá de luxo é o principal erro cometido pelas mães. Por isso, se a criança precisa ou quer passar o dia na casa da avó, não faça listas indicando o que pode ou não poder ser feito. Confie na relação direta existente entre avó e neto e respeite suas decisões e atitudes.
- Quando acontecer algum desentendimento sobre as normas na educação ou comportamento do seu filho, respire fundo e deixe a discussão para um momento em que a criança não esteja presente. Isso garante uma convivência pacífica e saudável entre todos.
- Lembre-se dos momentos felizes e divertidos que você mesma passou ao lado dos seus avós fazendo tudo aquilo que lhe era proibido pelos pais e que, no entanto, não lhe fizeram mal nenhum.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

CNDI

Discurso proferido pela Dra. Karla Giacomin (Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa ) na abertura da Conferência Estadual do Rio Grande do Sul, neste fim de semana.  O Senador Paulo Paim estava presente e se comprometeu a lê-lo na tribuna do Senado e referiu-se a ele como um "Manifesto do CNDI firme, corajoso e rebelde".


O COMPROMISSO DE TODOS POR UM ENVELHECIMENTO DIGNO NO BRASIL

KARLA GIACOMIN,

PRESIDENTE DO CNDI (GESTÃO 2010-2012)

Usualmente, eu preferiria falar de improviso, mas considerando a importância da III CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA, preferi redigir um discurso a ser lido em cada uma das conferências estaduais.

Entendo este momento da III Conferência como um manifesto público do desejo da população brasileira de ver respeitado o seu direito de viver e de envelhecer com dignidade.

Esse direito que parece óbvio ainda não está garantido para todos os brasileiros de todas as idades. Os direitos no Brasil costumam diminuir à medida que a cor da pele escurece, que a idade aumenta, que a renda diminui, que caminhamos em direção à periferia das cidades ou chegamos próximos de florestas e reservas. Este país nosso consegue ser ao mesmo tempo tão grande e tão desigual...

Neste ponto, cabe um retorno à história para entendermos porque especialmente o direito da pessoa idosa tem sido tão pouco respeitado. Não pretendo ir muito longe. Retomo-a a partir da publicação da Constituição Federal de 1988, a constituição cidadã.

Diferentemente do Estatuto da Criança e do Adolescente e dos Conselhos de Defesa da Criança e do Adolescente que acontecem já em 1990, o Conselho Nacional do Idoso foi criado pela Política Nacional do Idoso em 1994, mas somente será constituído em 2002, seguindo-se pelo Estatuto do Idoso, promulgado em 2003, ou seja 15 anos após a Constituição. O Estatuto existe a partir da luta e perseverança da queridíssima e saudosa Nara Costa Rodrigues e do Senador Paulo Paim, bem como de milhares de idosos de todo o país, que se reuniram de ponta a ponta do país para debater e exigir seus direitos. Porém ainda nos falta efetivar ambos: nossa Política e o nosso Estatuto.

O artigo 230 da Constituição Federal estabelece que a Família, o Estado e a Sociedade serão responsáveis pelo amparo aos idosos, mas não define onde começa nem onde termina o papel de cada um. A Constituição é tímida ao tocar nos direitos das pessoas idosa e, certamente, reflete a mesma timidez da sociedade brasileira em se mobilizar para defender a velhice como direito natural da pessoa humana. Quando a velhice é respeitada, a sociedade demonstra que um direito fundamental, o que prevalece sobre todos os demais, o direito à vida está sendo respeitado.

O Brasil também é signatário de pactos internacionais em favor do Envelhecimento, como o Pacto de Madri, que reconhece o envelhecimento da população como a maior conquista da humanidade e que deve ser entendido não como um problema, mas como um marco positivo. Infelizmente, parece que algumas notícias demoram a chegar ou são as pessoas que apresentam uma certa dificuldade para escutar...

Assim, políticas direcionadas à população idosa em nosso país também são recentes e mudam de mãos antes de se tornarem efetivas. Isso nos obriga a repetir o mito grego de Sísifo: todos os dias somos condenados a empurrar uma grande pedra ladeira acima e ao fim do dia a vemos rolar novamente ao ponto de partida. E recomeçamos no dia seguinte, no governo seguinte, e contamos de novo para o novo gestor a mesma história: "Olha, o Brasil está envelhecendo. Em quinze anos seremos a quinta ou sexta população idosa do mundo. Em trinta, de cada quatro brasileiros, um será idoso..."

Além disso, existe uma cultura nacional de valorização da juventude que reforça comportamentos de negação da velhice, em que ser velho ainda significa estar doente, dependente e excluído da vida profissional, familiar, cidadã. Esse fenômeno é confirmado quando se analisa a desimportância com que tem sido tratado o processo de envelhecimento, o qual entra governo, sai governo, não é incluído de fato na pauta das prioridades das políticas públicas nem se materializa no orçamento e financiamento que lhe são destinados.

Assim, a Política Nacional do Idoso nasce sob a coordenação do Ministério da Previdência e Assistência Social, mas o desmembramento daquele Ministério em dois, um da Previdência Social e outro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome coloca a política do idoso sob a coordenação deste último. Em 2009, a coordenação da Política Nacional do Idoso muda de mãos e é repassada ao Ministério da Justiça, junto à Secretaria Especial de Direitos Humanos, hoje Secretaria de Direitos Humanos, órgão diretamente ligado à Presidência da República.

Esta mudança, justificada pela abrangência dos direitos da pessoa idosa que ultrapassam uma única política, não vem acompanhada da estruturação necessária para que a Secretaria possa agir a contento na defesa dos direitos dos idosos. Por exemplo, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso ao analisar o organograma e o regimento interno da Secretaria constata que este dispositivo legal de 2010 não inclui, entre as competências daquele órgão, coordenar a Política Nacional do Idoso, pois isso não está previsto na lei de criação da Secretaria de Direitos Humanos. A Secretaria tem a vantagem de estar junto à Presidência e a desvantagem de não ter a capilaridade necessária para chegar mais perto da população idosa. Na estrutura organizacional da Secretaria de Direitos Humanos, há a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e a Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência, mas não há a Secretaria Nacional da Pessoa Idosa. Esta inadequação legal somada à falta de tradição da defesa de direitos humanos no tratamento das questões relativas ao envelhecimento e à sua estrutura insuficiente para responder aos atuais 21 milhões de idosos dificultam sobremaneira a efetivação da Política Nacional do Idoso. Tudo isso para apontar as dificuldades do lado do gestor da Política. E do lado de quem utiliza e precisa da política?

O envelhecimento não interessa apenas aos idosos.

O envelhecimento é sim um direito que possui uma dimensão transversal que perpassa cada uma das políticas de direitos sociais, como saúde, trabalho, previdência e assistência social, transporte, habitação, justiça, entre outras, mas também é vivenciado na verticalidade. Para envelhecer bem é preciso ter tido direito a uma boa gestação, a um parto em boas condições, a uma infância protegida e com acesso a

estímulos e aprendizagem, a uma juventude com oportunidades de formação e de ingresso no trabalho, a uma vida adulta com recursos profissionais, cobertura previdenciária e possibilidade de constituição de família, de ter filhos e netos, para chegar à fase da velhice de forma ativa e saudável e usufruir de tudo o que foi conquistado ao longo da vida.

Nas últimas décadas o Brasil tem subido posições no ranking que avalia o desenvolvimento econômico, mas ainda pouco em termos de desenvolvimento humano. Por isso o tema dessa Conferência pretende abranger o direito a uma velhice com dignidade. Para alertar gestores, legisladores, juízes, promotores, defensores a apoiarem todas as lutas que resultem em políticas que garantam o direito a cada brasileiro de envelhecer com dignidade.

Pois, a noção de "dignidade" pode envolver conceitos como moral, honra, decência, decoro, brio, amor-próprio, etc. Ser digno significa ser merecedor, ser respeitável. Ser digno significa amar o que sou, o que me tornei, o que fui capaz de fazer com o que a vida fez comigo. Aceitar e acolher o que não depende de mim e enfrentar com coragem as minhas dificuldades. Significa manter e ver garantida a manutenção de uma condição tal, perante si mesmo e a sociedade, que não enseje vergonha ou constrangimento. Pelo contrário, seja motivo de orgulho e admiração.

Quando se desrespeitam os direitos humanos, formalmente reconhecidos em quase todas as constituições do mundo, assiste-se à negação da dignidade. Um ser sem significado não merece respeito, no máximo indiferença, pois ele é banal e banal é a violência exercida sobre ele. Por isso a sociedade se cala e o Estado se omite diante de tantas formas e disfarces da violência contra a pessoa idosa.

Mas, acreditamos que ainda seja possível envelhecer com ternura, sem endurecer, sem desistir de um projeto de paz e de amor, e é para isso que estamos aqui, de novo, de ponta a ponta do Brasil, debatendo direitos que são nossos, que são de todos.

Para sair dessa apatia em que cada um culpa o outro e nenhum se mexe, se faz necessário o compromisso de todos: órgãos públicos e sociedade; todas as políticas; todas as gerações. Todo direito que conquistamos para a pessoa idosa se reverte em benefício para todas as outras etapas da vida. Este é o pacto que precisamos fazer: que essa conferência seja propositiva e defina as prioridades que devem nortear as políticas e os movimentos sociais. Pois ficará velho o branco, o negro, o índio, o cigano, o homem do campo e o da cidade, as mulheres, os gays, os religiosos, os ateus, todos enfim que tiverem a graça de permanecer vivos. Queremos mais. Queremos permanecer vivos, mas não apenas durar. Queremos poder envelhecer com dignidade e isso é possível quando celebrarmos a vida. Quando acreditarmos na humanidade que está presente em cada um de nós. Quando nos libertarmos do falso moralismo: "o que os outros vão pensar"? Quando nos dispusermos a cumprir a nossa parte no compromisso. A nossa parte é: estar presente, denunciar todas as formas de violência, angariar parcerias, articular políticas, integrar gestores, dialogar com a população idosa e não idosa, aprender com os mais velhos a resistir e a cooperar. Para resgatarmos a dignidade da nossa sociedade é importante criar oportunidades de convivência entre as gerações, para proporcionar a religação dos saberes e a experiência dos múltiplos sabores que a vida nos oferece. Resgatamos a dignidade quando exercemos nosso direito e dever de participar do mundo de hoje, sem abrir mão de valores éticos e nos julgando cidadãos dignos de respeito.

É para isto que estamos aqui. Esta é amaior finalidade da Conferência: resgatar o senso de dignidade para a vida de 21 milhões de brasileiros, que brevemente serão 3º, 40, 50 milhões. Termos a garantia de que o que fazemos aqui, hoje, se somará ao que os outros vinte e seis Estados farão e servirá de base para a III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Esperamos vocês em Brasília, de 23 a 25 de novembro deste ano. Queremos desde já dizer: obrigada pela sua presença e pelo seu tempo dedicado ao bem público e, em especial, ao bem da pessoa idosa. Sejam benvindos. Sejam benvindos. O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso se orgulha de poder servi-los e deseja a todos sucesso na Conferência Estadual e Nacional.

sábado, 16 de julho de 2011


Inspeção mostra que asilos não respeitam o Estatuto do Idoso


O Estatuto do Idoso não é respeitado sequer pelos asilos ou, como é eufemisticamente chamado, “casas de repouso”.

Na verdade, na maioria dos casos, não chegam a ser “casas”, mas depósitos de pessoas cuja única “atividade” é esperar a morte.

O descaso é de todo mundo, não só dessas instituições, mas também por parte dos parentes dos idosos e das autoridades. O problema não é novo, mas tem se agravado na proporção que aumenta a população de idosos.

Pelo levantamento do IBGE, cerca de 10% da população (17 milhões de pessoas) tem mais de 60 anos. Mas o governo não sabe quantos idosos estão internados nos asilos. Nem tem uma estimativa.

Do ponto de vista as autoridades, essas pessoas não existem, já morreram, apesar da existência do Estatuto do Idoso, que garante um mínimo de dignidade aos velhos – mas só no papel.

Entre setembro e outubro de 2007, o CFM (Conselho Federal de Medicina) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) visitaram 24 asilos (particulares, filantrópicos e mantidos pelo poder público) de 11 estados e do Distrito Federal. O relatório dessas visitas é desolador, ainda que haja exceções.

Constatou-se que os asilos raramente são inspecionados por órgãos sanitários. As instalações são precárias. Cheiram mau. Não são suficientemente ventiladas e a iluminação é deficiente. Há falta de funcionários e de atividades.

No relatório, não há nenhum registro de violência física a idosos, mas ela existe, conforme de vez em quando aparece no noticiário.

Funcionários de um dos asilos disseram orgulhosos que, ali, há respeito pela integridade físicas dos internados, como se isso fosse um fato extraordinário, e não o que se espera que seja a normalidade.
Mas um idoso deu uma informação que talvez explique a inexistência ali da brutalidade física: “Quando alguém grita, fica alterado, eles dão um remédio e colocam para dormir”.

É uma população que exige cuidados especiais, de médicos e de funcionários especializados, o que quase sempre não há. Uma parte significativa dos idosos sofre de Mal de Alzheimer, hipertensão, problemas cardíacos e dispnéia. Também é grande o número de idosos acometidos por esquizofrenia, transtorno bipolar, demência e depressão.

Por causa da queda de natalidade e do fato de as pessoas estarem vivendo mais, a população brasileira está envelhecendo mais rápido do que se previa. Em 2025, os idosos serão 32 milhões.

As autoridades e as pessoas em geral que hoje relegam os idosos amanhã serão relegados, se os asilos, conforme ressalta o relatório, continuarem a ser apenas “um lugar para esperar a morte, onde o tempo não flui, arrasta-se”.

 

Conselho Municipal do Idoso de Teófilo Otoni

O Conselho Municipal do Idoso de Teófilo Otoni/MG vem convidá-lo(a) para participar da

II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS

DIREITOS DA PESSOA IDOSA

“O COMPROMISSO DE TODOS POR UM ENVELHECIMENTO DIGNO EM TEÓFILO OTONI/MG”



Dia 27/07/2011 das 08:00 horas às 17:00 horas. Na quadra de esportes da FENORD (Rua Teodolindo Pereira, 111 - Bairro Grão Pará).

Faça sua inscrição! O período vai de 12/07/2011 ao dia 20/07/2011 até às 12:00horas. O endereço para efetivação da inscrição por e-mail é: conselho.idoso@teofilotoni.mg.org.br. Segue abaixo o modelo da ficha de inscrição caso queiram formalizar na Casa dos Conselhos que fica à Rua: Mário Campos número nº107 – Centro – Telefone: 3529-5864. Falar com Célia ou Daian.



quinta-feira, 14 de julho de 2011

Novidade !

Revista The Lancet publica relatório sobre a Saúde no Brasil
06/07/2011

A revista científica The Lancet publicou em maio de 2011 um longo relatório intitulado A Saúde no Brasil. A série traça um panorama dos avanços da saúde pública no nosso país em seis artigos e cinco comentários. Os editores Sabine Kleinart e Richard Horton, em seu comentário , ressaltam a  tradição de investimentos em saúde pública e o Sistema Único de Saúde como exemplos a serem seguidos. Apontam que “de sua posição como um dos países mais desiguais no mundo em 1989, muitas conquistas foram alcançadas nas últimas duas décadas”.
Segundo os autores, “o SUS melhorou enormemente o acesso aos cuidados de saúde primários e de emergência”. Mas afirmam também: “há muito ainda a ser feito. A complexa mistura das carências na saúde pública e privada exige urgentemente atenção”.  E concluem: “esperamos que essa série realmente mostre porque o Brasil não só deve ser levado mais a sério pelas comunidades internacionais científicas e da saúde, como também deve ser admirado pela implementação de reformas que posicionaram a igualdade no acesso à saúde no centro da política nacional”.
A publicação é dividida em seis artigos e cinco comentários, todos hospedados na Biblioteca Virtual do site da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (www.paliativo.org.br) e de acesso livre (basta digitar The Lancet na ferramenta de busca):

Fonte: ANCP

14 de julho Dia Mundial do Hospital


Os hospitais surgiram na Antigüidade. Geralmente, eram ligados a alguma associação religiosa. Durante a guerra da Criméia (1854-1856), uma enfermeira italiana radicada na Inglaterra, chamada Florence Nightingale (ver Dia do Enfermeiro, p.228), criou as bases da moderna enfermagem, tornando possível aliar a medicina ao tratamento humanitário oferecido aos pacientes internados em hospitais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são funções básicas de um hospital promover a cura de doentes, prevenir doenças e contribuir para a educação e as pesquisas médicas. Com o objetivo de que os assuntos pertinentes à área fossem debatidos anualmente pela sociedade, a OMS estabeleceu o dia 14 de julho como o Dia Mundial do Hospital, encerrando o fórum iniciado em 2 de julho com o Dia Nacional do Hospital.

Os hospitais são denominados "gerais", quando tratam de pessoas afetadas por qualquer tipo de doença, e "especializados", quando destinados a determinado ramo da medicina, como: ortopedia, cardiologia, otorrinolaringologia etc.

Com relação ao controle e à administração, os hospitais podem ser públicos ou particulares. Os públicos são mantidos pelo governo; os particulares, pela iniciativa privada (empresas, associações e entidades).
Em geral, as organizações hospitalares públicas atendem gratuitamente; sua proporção em relação aos hospitais particulares varia de país para país. Em países desenvolvidos, a assistência médico-hospitalar é garantida a todos os cidadãos, de modo eficiente e gratuito.

No Brasil, os primeiros-socorros foram prestados pelos padres jesuítas, a partir de 1540. As primeiras Santas Casas de Misericórdia surgiram em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Contudo, foi em São Paulo que floresceram os mais famosos e bem equipados hospitais, como o Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da Universidade de São Paulo, considerado o maior complexo hospitalar da América Latina, vinculado à secretaria de Estado da Saúde. Também têm destaque o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, Hospital Albert Einstein, a Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência, entre outros.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Prevenção pode dar desconto em plano de saúde

Planos de saúde poderão conceder até 30% de desconto na mensalidade e bonificações para clientes que aderirem a programas de envelhecimento saudável e prevenção de doenças. Esses incentivos serão discutidos na consulta pública que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abre de 16 de maio a 14 de junho.

De acordo com a gerente-geral de regulação assistencial, Marta Oliveira, nos últimos cinco anos a agência vinha cobrando dos planos programas de prevenção de doenças. "Os planos achavam que não eram responsáveis pelo cuidado com o beneficiário. Mas a gente vem dizendo que é o plano quem sabe que aquela pessoa chegou aos 40 e não fez determinado exame".

Ela explica que a agência quer evitar o "mau uso" desses incentivos. O desconto tem de ser linear para o produto oferecido - não pode haver diferenças entre faixas etárias. A operadora não pode atrelar o benefício a resultados, como redução de peso. "O incentivo é para aquele que aderir ao programa. Não se pode exigir que a pessoa tenha determinado resultado de saúde, porque outros fatores interferem, como a genética", explica.

Cada operadora deve montar seu programa. O desconto valerá para aqueles que fizerem parte do programa de acompanhamento do envelhecimento. A bonificação - gratuidade no plano dentário ou no resgate aéreo, por exemplo - vale para quem aderir a programas de prevenção de doenças. "É uma forma de as operadoras concorrerem pautadas não só no preço do produto, mas também na qualidade", diz Marta. Depois de consolidadas as sugestões, o tema volta a ser discutido por uma câmara técnica. A norma deve levar entre dois e três meses para ser aprovada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vídeo

Clik no vídeo abaixo e veja um emocionante vídeo sobre a doença de Alzheimer


Cientistas preveem a cura do envelhecimento

Biomédico acredita que no futuro próximo as pessoas farão 'manutenção' regular e poderão completar 1.000 anos

- Se as previsões de Aubrey de Grey estiverem certas, a primeira pessoa a comemorar seu aniversário de 150 anos já nasceu. E a primeira pessoa a viver até os mil anos pode demorar menos de 20 anos para nascer.
Biomédico gerontologista e cientista-chefe de uma fundação dedicada a pesquisas da longevidade, De Grey calcula que, ainda durante a sua vida, os médicos poderão ter à mão todas as ferramentas necessárias para "curar" o envelhecimento - extirpando as doenças decorrentes da idade e prolongando a vida indefinidamente.
"Eu diria que temos uma chance de 50% de colocar o envelhecimento sob aquilo que eu chamaria de nível decisivo de controle médico dentro de mais ou menos 25 anos", disse De Grey numa entrevista antes de proferir uma palestra no Britain's Royal Institution, uma academia britânica de ciências.
"E por 'decisivo' quero dizer o mesmo tipo de controle médico que temos sobre a maioria das doenças infecciosas hoje", acrescentou.
De Grey antevê uma época em que as pessoas irão ao médico para uma "manutenção" regular, o que incluiria terapias genéticas, terapias com células-tronco, estimulação imunológica e várias outras técnicas avançadas.
Ele descreve o envelhecimento como o acúmulo de vários danos moleculares e celulares no organismo. "A ideia é adotar o que se poderia chamar de geriatria preventiva, em que você vai regularmente reparar o danos molecular e celular antes que ele chegue ao nível de abundância que é patogênico", explicou o cientista, cofundador da Fundação Sens (sigla de "Estratégias para a Senilitude Programada Desprezível"), com sede na Califórnia.
Não se sabe exatamente como a expectativa de vida vai se comportar no futuro, mas a tendência é clara. Atualmente, ela cresce aproximadamente três meses por ano, e especialistas preveem que haverá um milhão de pessoas centenárias no mundo até 2030.
Só no Japão já há mais de 44 mil centenários, e a pessoa mais longeva já registrada no mundo foi até os 122 anos.
Mas alguns pesquisadores argumentam que a epidemia de obesidade, espalhando-se agora dos países desenvolvidos para o mundo em desenvolvimento, poderá afetar a tendência de longevidade.
As ideias de De Grey podem parecer ambiciosas demais, mas em 2005 o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) ofereceu um prêmio de 20 mil dólares para qualquer biólogo molecular que provasse que as teorias da Fundação Sens são "tão erradas que nem são dignas de um debate bem informado". Ninguém levou a bolada.
O prêmio foi instituído depois que um grupo de nove cientistas influentes atacou as teorias de Grey, qualificando-as de "pseudociência". Os jurados concluíram que o rótulo não era justo, e argumentaram que o Sens "existe em um meio termo de ideias ainda não testadas que algumas pessoas podem considerar intrigantes, mas das quais outras estão livres para duvidar."

O modo como nos sentimos como nós mesmos e a habilidade de se adaptar a várias experiências de vida pode ser mais importante do que fatores relacionados à saúde 09/12/2010 - por Mariana Noffs na categoria 'Longevidade'



Uma pesquisa da Universidade da Geórgia, nos EUA, descobriu que chegar aos 100 anos pode não depender exclusivamente da saúde. O modo como nos sentimos como nós mesmos e a habilidade de se adaptar a várias experiências de vida pode ser mais importante do que fatores relacionados à saúde.
Os pesquisadores usaram dados de um estudo centenário para medir os fatores sociais e psicológicos de "sobreviventes", além de examinar a saúde e a genética. Foram estudadas 244 pessoas com 100 anos ou mais, e o resultado é que eventos críticos na vida e o histórico pessoal, assim como a atitude das pessoas diante desses eventos, são fatores cruciais para explicar o envelhecimento bem sucedido.
"O que acontece na sua vida importa, mas o que mais faz a diferença é a percepção do que está acontecendo", diz Leonard Poon, autor principal do estudo. Os centenários saudáveis apresentavam personalidade descrita como abertas e conscienciosas. Personalidades neuróticas tendem a ser menos saudáveis, diz o estudo.
Mesmo que ainda raros, idosos com 100 anos de idade ou mais são um segmento crescente da população. No ano 2000 havia aproximadamente 50 mil centenários no mundo, e a expectativa é que este número chegue a mais de 800 mil até o ano 2050.

Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/centenarios-atitude-saude.htm. Crédito da Foto: iStockphoto.com /Laartist

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Novidades no SUS

Pela 1ª vez, SUS terá meta de atendimento



Será fixado, por exemplo, número de cirurgias; cidade que não cumprir indicadores pode até perder verba. Haverá metas regionais, e municípios e Estados mais eficientes poderão ganhar mais recursos do governo federal.
O governo Federal vai fixar pela primeira vez indicadores específicos na área de saúde e irá punir ou premiar quem não cumprir essas metas.
A Folha teve acesso ao decreto presidencial -que será publicado hoje no "Diário Oficial" da União- que cria o marco para o SUS (Sistema Único de Saúde), definindo as obrigações dos Estados e dos municípios.
O governo já começou a mapear quais são os serviços de saúde oferecidos em todo Brasil e vai dividir o país em cerca de 500 regiões de saúde (conjunto de cidades com condições econômicas e sociais semelhantes).
A partir dessas informações, o Ministério da Saúde vai definir metas específicas para cada região, de acordo com a realidade local.
Atualmente, o governo define a cada quatro anos metas gerais pelo Plano Nacional de Saúde, mas não existe nenhum tipo de monitoramento nem de punição.

CONTRATOS

Para que Estados e municípios se comprometam com os novos indicadores, o Ministério da Saúde vai formar os chamados contratos de gestão. "Com esse documento, será mais fácil responsabilizar e envolver todos no cumprimento das metas", disse o ministro Alexandre Padilha (Saúde).
A ideia, segundo o ministro, é assinar ao menos 20% dos contratos até o fim do ano. Cada contrato poderá estabelecer, por exemplo, que uma cidade terá de atender a determinado percentual de pacientes cardíacos ou realizar um certo número de cirurgias de catarata.
Quem não atender aos indicadores poderá inclusive ter a verba bloqueada, em último caso. Por outro lado, os municípios e Estados mais eficientes poderão até ganhar o dobro de recursos. O monitoramento será feito pelo Ministério da Saúde.

RELATÓRIOS

Os Estados e municípios terão de fazer relatórios periódicos de cumprimento das metas e indicadores.
Dentro de uma mesma região de saúde, uma cidade que ficar abaixo da meta no atendimento de pré-natal poderá perder recursos para um município próximo, que tem atendimento de ponta para grávidas, por exemplo.
Hoje, não há punição prevista para casos de descumprimento de metas gerais, somente quando há irregularidades no uso de recursos.

TEMPO DE ESPERA

De acordo com o ministro, a ideia é que, "mais para a frente", também sejam definidos indicadores de tempo de espera para o atendimento no SUS.
"Primeiro, vamos criar as metas, assinar os contratos, depois vamos evoluir e começar a definir critérios também para o tempo de espera", afirmou Padilha.
Ele informou ainda que o governo fará pesquisas de satisfação com os usuários para aprimorar o modelo criado pelo decreto.
                Por outro lado, os Estados e municípios mais eficientes poderão até ganhar o dobro de recursos.

 FONTE : Editoria de Arte/Folhapress


Fonte : Portal de Notícias da Globo

Unhas podem indicar doenças do coração e no pulmão

Divulgação 
Divulgação
Fotos 1 e 2: A curvatura acentuada dos dedos indicador e mindinho são sinais de inflamações nas articulações no exame ao lado
Fotos 3 e 4: Chamada de onicomicose, a infecção por fungos pode causarinchaço e alterações no formato e na cor da unha. As fotos mostram antes e depois do tratamento (Fotos: Divulgação)
Ler a mão não é uma exclusividade apenas dos "iniciados" na quiromancia, mas também dos médicos. Mas nada de previsão do futuro. O segredo está nas unhas. Por incrível que possa parecer, elas são capazes de dizer muito sobre a nossa saúde, e podem dar sinais de doenças renais, pulmonares, cardiovasculares, hipotireoidismo e até câncer de pele.

O tema fez com que a Santa Casa de Misericórdia, no Rio, criasse o Centro de Estudos da Unha (CEU), que faz cerca de dez cirurgias por semana e atende, em média, 240 pacientes todo mês. Boa parte deles é indicado por manicures e podólogos.

“Os problemas mais comuns são unhas encravadas e micoses, que podem gerar uma carne esponjosa ao redor da unha ou uma distrofia que faz a unha ficar grossa”, enumera a dermatologista Roberta Nakamura, chefe do CEU.

  Unhas fracas e 'mentirinha'
 
Segundo Roberta, entre os problemas que costumam passar despercebidos pelo paciente e podem ser facilmente checados está o hipotireoidismo. “As unhas ficam frágeis, fragmentando. Mas o cabelo e a pele também ressecam”, avisa ela. A fraqueza também pode ser indicativo de alterações nutricionais.

A famosa "mentirinha", aqueles pontinhos brancos que surgem nas unhas, são apenas sinais de pequenos traumas. “Não precisa ser um trauma muto grande. Às vezes um esbarrão ou um batuque. Por isso é mais comum em crianças”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética de São Paulo, Valcinir Bedin

  Problemas renais, pulmonares e cardíacos
 
De acordo com os médicos, unhas avermelhadas e com a curvatura acentuada podem indicar problemas no coração. Doenças pulmonares como enfizema, derrame pleural e até câncer podem provocar unhas azuladas e também o aumento de curvatura.

Já a marca de estrias brancas podem ser indícios de que a saúde de seus rins não vai muito bem. O mais perigoso é a coloração marrom, que pode ser sinal de câncer de pele.

Bedin alerta ainda para o excesso de exercícios aeróbicos, que chegam a causar descolamento das unhas. “O sangue vai menos para as extremidades do corpo e mais para o coração”, diz ele.

  Cuidados
 
Entre as recomendações para unhas saudáveis estão o uso de luvas plásticas para mexer na terra ou na água, como lavar louças, deixá-las sem esmalte pelo menos um dia da semana, e evitar retirar totalmente a cutícula, que as protege de infecções por bactérias ou fungos.

E aquela conversa entre as mulheres de que esmalte de cor escura fortalece as unhas não é verdade. O cuidado nesse quesito vale apenas para quem desenvolve alergia a determinada cor. O incômodo que pode aparecer é apenas ver a unha impregnada por uma determinada cor ou amarelada pelo excessivo uso de esmalte.